29.3.07

O Grande Silêncio



Entrevista, em inglês, com o realizador Philip Groening, disponível aqui.
É longa, mas vale bem a pena ler.


Aproveito para juntar uma pequena história/reflexão sobre o filme, da autoria de Luís Onofre, sj, intitulada:

Adormeci no cinema e não vi o filme!

O bilhete não dizia em lado nenhum que era para um filme. E de facto, durante as 2h44m da sessão não vi filme nenhum. Fui convidado a contemplar a vida num mosteiro dos Alpes franceses. Sem música, sem artifícios, para poder procurar a intimidade com Deus (em silêncio e sem falta de tempo), tal como o fazem os monges cartuxos. Como diz a sinopse "um documentário que não representa um mosteiro, mas que se transforma num mosteiro". Parece interessante a ideia... Ao fim de 5 minutos já dormia. Passado meia hora acordei. E ainda tinha mais de 2h para poder aproveitar uma das melhores idas ao cinema de sempre.

A busca de Deus é muitas vezes assim. Ao início parece uma seca. Não acontece nada. Durmo. Farto-me. Apetece-me desistir. Se insisto e fico, aos poucos começo a entrar numa outra lógica, que me permite valorizar todas as coisas de forma distinta, que dá sentido, que me coloca com Deus. Que me dá uma paz calma, sem maquilhagem. Perguntaram ao realizador (o alemão Philip Gröning) se através deste documentário o espectador entende o que fazem os monges. Respondeu: "Não é algo que me importe. O meu filme não tem que dar resposta a todas as perguntas. [...] Hoje em dia estamos literalmente bombardeados de informação. O que falta - e que cada um deve descubrir em si mesmo - é o significado das coisas."
( http://parecianborrachos.blogspot.com/2006_12_01_archive.html)

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